A saga começou há um bom par de meses, quando os audacious lipsticks da NARS foram lançados e eu soube que o tom Anita era daqueles que tinha vindo cá para casa.
O problema é que fui eu mais outros tantas centenas, se não milhares de moçoilas tiveram exactamente o mesmo pensamento e o bom do bicho lá ficou fora de stock por tempo indeterminado no site europeu da marca. Durante uns tempos criei uma espécie de rotina e adicionei o site da NARS à minha lista de links visitados diariamente e ia verificando se a Anita voltava a aparecer em stock.
No início do mês, voltou. Assim sendo, combinei com uma amiga fazermos uma encomenda em conjunto (para poder aproveitar os portes gratuitos) e nos primeiros dias de Março foi feita uma encomenda de um blush e um batom cá para Portugal.
So far, so good. Os dados foram confirmados, a encomenda paga na hora e no dia seguinte, a encomenda estava enviada e a caminho cá do país. Recebi, então, um e-mail a confirmar o local para onde tinha sido enviada a encomenda, e confirmei a morada correcta.
Logo aí fiquei de pé atrás. O link onde me davam o tracking number da encomenda (um número apenas de dígitos e não de letras e números), encaminhava-me para o site de uma transportadora Asendia que eu nunca tinha ouvido falar na vida.
(Há uma razão pela qual deixei o número da minha porta à vista, mais à frente entenderão porquê)
Poucos dias depois e seguindo diariamente os movimentos da encomenda no site da Asendia, vejo que a tentativa de entrega falhou:
Questionando-me sobre o porquê de não ter sido contactada quando a entrega foi feita (especialmente quando uma pessoa dá o número de telemóvel para ser contactada nestas situações porque, ao trabalhar a 5 minutos de casa, posso facilmente deslocar-me lá para receber a encomenda), resolvi contactar a transportadora afim de receber mais informação.
Pasme-se quem ache que realmente a coisa fica resolvida por aqui. É que, ao contrário do que se ache, a própria empresa transportadora não se rege pelo código interno da encomenda, mas sim pelo tracking number (que nunca me deram!) e, de todos os mais que contacto, respondem-me sempre o mesmo:
Basicamente a transportadora a mandar-me ir falar com os CTT, porque não sabe de nada...
Em desespero, porque os dias estavam a passar e a possibilidade da encomenda voltar para trás era mais do que provável (o serviço ao cliente da NARS continuava sem existir, uma vez que não respondia aos e-mails), fui aos CTT perguntar se sabiam de alguma coisa.
(Logicamente se a encomenda vinha por transportadora eles não sabiam de nada, nem localizar uma encomenda sem tracking number).
Voltei a enviar e-mail à Asendia já extremamente irritada, e lá me responderam:
"Ah sim, realmente a sua encomenda foi enviada para trás porque a morada estava incompleta."
Aí saltou-me a tampa. Como é que é possível que uma marca deste género imprima moradas a meio e não tenha um controlo que permita verificar se realmente a morada que está na embalagem bate com a que o comprador deu?
Gentilmente a transportadora pediu-me para enviar a morada completa e fui pedir explicações à NARS que me respondeu num lacónico "Lamentamos ouvir o que aconteceu, mas não há nada que possamos fazer, aguarde mais uns dias, que pode ser que a encomenda seja entregue. Bye, bye."
(Ainda haja alguém que acredite em milagres e que o motorista consiga entregar uma encomenda só com meia morada,)
(É preciso muitos skills. E muita parvoíce do serviço ao consumidor da marca)
Da parte da Asendia, tudo parecia bem encaminhado (uma vez que a mocita me disse que ia passar a morada ao motorista para procedera a uma nova tentativa de encomenda) quando eis que isto me aparece no site da transportadora no dia a seguir a resolver as coisas com a transportadora:
Ora pois claro. Nem há tentativa de entrega nem nada. Recebe-se a morada e toca a devolver a caixinha.
Voltei, muito calmamente, a perguntar o que se passou com a encomenda à menina da Asendia, ao que recebi como resposta:
"O motorista disse que a morada que deu não existe".
Ora se eu ainda agora já pouco acreditava que isto era impossível de acontecer, agora tinha a certeza. Provavelmente deveria estar a dormir, ou num sub-plano do meu inconsciente (género Inception), onde nem o mundo onde eu vivia era real, nem a minha casa.
Ainda assim, fui só confirmar ao Google Maps se realmente existia a minha morada e... parece que afinal existe. Que chatice!
Enviei coordenadas de GPS à senhora, mandei-lhe o link da localização do Google Maps à senhora e disse-lhe para dar o meu telemóvel ao senhor que, caso ele se perdesse, eu dizia-lhe onde era a casa.
Ela disse que ia passar as informações ao senhor e que nessa semana ainda ia receber a encomenda em casa.
Esperei mais uns dias, até que recebi novo update. E não, não era a dizer que a encomenda tinha sido entregue:
Não houve telefonemas e aposto metade da minha maquilhagem em como nem sequer houve tentativa de entrega. Já praticamente a perder a paciência, perguntei à miúda do serviço ao cliente se andavam a gozar comigo, ao que ela me voltou a pedir desculpa, disse que tinha havido um problema e a encomenda tinha ido parar à sede da Asendia na Península Ibérica, em Madrid.
Mas que iam enviar a encomenda por CTT, em vez de tentar nova entrega.
E não é que a encomenda chegou cá em 3 dias?
Não volto a dizer mal dos CTT tão cedo!...