quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A minha experiência com a depilação a laser (após 4 sessões)

Olá a todas!

O post de hoje em vez de ser picture heavy, vai ter mais texto do que o normal. Isto porque, para além de não ter propriamente imagens para vos mostrar, também há uma necessidade de ser mais descritiva do que o habitual.

A minha relação com os pêlos sempre foi de puro ódio: o facto de ser branca como a neve e de ter o pelo preto como o ébano no meu caso nunca foi sinónimo do início de um conto de fadas, mas sim de um pesadelo! Apesar do cabelo escassear-me na cabeça, no resto do corpo, devido aos ovários poliquísticos, sempre foi muito abundante e de crescimento rápido. A isto, aliava-se o facto de, sempre que removia o pêlo seja porque método fosse, uns dias depois era certo e sabido que tinha o pêlo encravado na zona.


E imaginem agora isto multiplicado por centenas de pêlos encravados pelas pernas, axilas... por aí fora.

Esta história estendeu-se por uns bons anos (comigo sempre a evitar andar de saias, os biquinis/fatos de banho tinham sempre de ter uma parte de baixo em calção para não se notar as pintinhas vermelhas...), até que o ano passado achei que já chegava de brincadeiras deste género e realmente deveria investir numa coisa que me trouxesse resultados a médio/longo prazo.

Assim sendo, e recomendada por uma amiga (que já há uns bons anos que não tem o problema que eu tenho), fui à minha Clínica do Pêlo mais próxima para ver realmente como é que a coisa funcionava. Lá gostei do atendimento (explicaram-me como funcionava o Laser Alexandrite, quais as vantagens do mesmo em relação à luz pulsada e quais os procedimentos a ter antes e depois da sessão), e, à cautela, achei que para começar marcaria apenas axilas e virilhas (porque era 25€ por sessão e se a coisa não resultasse, o rombo na carteira não era tão grande como se começasse pelas pernas).

No dia da primeira sessão lá fui eu. E se realmente me tinham avisado que a coisa doía, nada me tinha preparado para aquilo: eu, que nem sou propriamente piegas, dei por mim a pedir à senhora se "Podia parar um bocadinho para eu poder respirar", porque estava-me a doer tanto que eu tinha sustido a respiração por mais tempo que o normal. Não guinchei uma única vez e mantive as mãos atrás das costas na marquesa o tempo (havia de causar uma primeira impressão óptima se guinchasse, não havia dúvidas) todo e a meia hora lá passou. Saí de lá tão abananada, que marquei a sessão seguinte (para 2 meses depois) e ia já fugindo porta fora, quando a senhora me aborda:

"Olhe, tem de pagar a sessão..."

(Agora eu percebo porque é que eles têm as portas trancadas por default)



Acho que devia estar branca como o cal da parede, porque a senhora, enquanto eu discava os números no terminal multibanco, perguntou-me umas 3 vezes se eu estava bem e não me queria sentar um bocadinho antes de me ir embora. Ao que eu respondi que queria era ir para casa e que estava tudo óptimo (hm-hm.)



Será escusado dizer que cheguei a casa e só pensava para mim "Não volto lá a por as patoquinhas nunca mais na minha vida". A pós sessão correu bem e só tive um calorzinho na zona onde o laser passou no próprio dia. Ia aplicando o gel de aloé, mas só por ritual, para me certificar que não havia problemas. E não houve.

Dois meses depois, voltei. Isto não por ter uma veia masoquista aqui algures (ok, talvez um bocadinho), mas sim porque, ao longo dos dois meses ou o cérebro apaga a experiência normal da vossa memória (aquela dor acaba apenas por ser uma recordação vaga), ou porque foi um facto que, logo à primeira sessão não me voltou a crescer mais pêlo preto nenhum. Tinha um loirinho aqui e ali e fiquei bastante surpreendida porque sendo eu uma pessoa que tem bastantes oscilações hormonais, não seria de esperar ver resultados tão bons tão depressa e eu estava preparada para que isso acontecesse.

A segunda sessão, assim como a terceira e a quarta foram também dolorosas. Não tanto (creio que uma pessoa acaba por relativizar a dor), e das outras vezes já saí de lá a lembrar-me que tinha de pagar a conta (eheh). Vou fazer a quinta só por uma questão de me certificar que realmente fica tudo bem feitinho (o recomendado são as cinco sessões). O bom disto? Agora sei que pelo menos no meu caso vale a pena fazer numa área maior e investir mais dinheiro (o bom de testar em áreas pequenas) e, tendo em conta que já fiz as áreas mais sensíveis, as pernas vão ser piece of cake.

Para quem se deu ao trabalho de ler o texto até ao fim, estou disponível para esclarecer dúvidas naquilo que puder e lembrar o óbvio: a minha opinião é apenas mais uma e este texto é para ficar mais uma review na internet, cujos testemunhos pessoais aqui e acolá me ajudaram a optar por um serviço que melhorou (e muito!) a minha qualidade de vida.

Beijinho*