domingo, 2 de novembro de 2014

5 erros no casamento a evitar desde o dia 1 (Post pessoal)

É um facto: a esta hora está metade das leitoras a perguntar aos seus botões "Por que raio estou eu a ler um texto sobre dinâmica no casamento de uma fedelha que só no outro dia fez 6 meses de vivência a dois?".

O tempo de coabitação poderá ser curto, mas o crucial é manter, desde o início do casamento, uma série de linhas orientadoras e haver um comprometimento dos dois membros do casal para estas serem cumpridas durante o resto de vida em comum.


O que muita gente não se apercebe é que a maioria dos erros ocorre logo nos primeiros meses de casamento. Existe, no início da coabitação e depois da assinatura dos papéis, uma fase de "lua-de-mel" (que ocorre nos primeiros anos e pode variar bastante de casal para casal, não me refiro à viagem da "praxe"), em que a maioria dos parzinhos têm tendência a "perdoar" e a deixar passar certas rotinas e hábitos que, ao longo do tempo, acabam por afectar a dinâmica a dois e afectar mais ou menos o relacionamento (dependendo, em grande parte, da "asneirada" feita). Ora aqui vão algumas coisinhas que eu e o marido nos apercebemos que funcionavam e que foram "semi-acordadas" logo no início, para tudo funcionar sobre rodas!

1- Tarefas domésticas a dois!

"Esta é fácil", pensam vocês. Por estranho que pareça, ainda há muitos casais que não partilham as tarefas do lar. As justificações podem ser imensas e há culpas dos dois lados da barricada: há homens que ainda demasiado formatados pelos tradicionalismos recusam-se a mexer uma palhinha em casa, resmungando que "a casa é para a mulher tratar". Há mulheres que, com o síndrome de "mãezinha" querem mimar demasiado os recém-esposos e não os deixam fazer o que quer que seja em casa, com medo que o mancebo lhes fuja porta fora assim que lhe puserem uma esponja e um prato nas mãos.

Let's face it: tarefas a dois para quem tem a mesma carga horária de trabalho fora de casa, não só diminui o tempo que é dispendido a fazê-las (longe vão os tempos do estereótipo da mulher a passar a ferro enquanto o homem vê televisão sentado no sofá), como também reforça o espírito de "equipa" do casal e faz com que passem mais tempo de qualidade juntos: tanto a fazer as tarefas, como depois a relaxar. Podem até definir tarefas específicas para cada um dos casais (eu, por exemplo, delego a tarefa de lavar a loiça para o marido, que não se importa de a fazer), ou verem o que é necessário fazer naquele dia e então dividirem o trabalho.

2- Finanças domésticas discutidas e controladas

Há quem opte por conta conjunta para despesas de casa, há quem o faça cada um de sua conta... mas o importante é manter registo do que é gasto logo desde o início!
O Excel é uma ferramenta gratuita e muito subvalorizada nesta área: apontem as compras semanais, o gás a água... e vejam se realmente com o orçamento que têm dá para poupar em algum lado ou optimizar os gastos. Se não tiverem disciplina financeira desde o início, facilmente se gasta bastante dinheiro, não chega até ao fim do mês e, ao perguntarem-se a vocês próprios o porquê do dinheiro não chegar quando tudo apontava para o contrário, nenhum de vós sabe responder. Nós chegamos até a discriminar onde foi gasto o dinheiro (mantendo recibos de compras), para tentar optimizar as compras no supermercado e fazer uma compra mais consciente no mês a seguir. Se quiserem, um dia faço um post sobre isso!

3- Invistam em vocês como casal.

Erradamente muitas pessoas encaram tanto o casamento e o "juntar os trapinhos" como algo garantido. O desleixo pode não ser uma coisa que ocorra a curto prazo, mas a médio-longo prazo é algo que, uma vez instalado, é difícil de recuperar. Recordem-se diariamente o porquê de estarem juntos e verbalizem-no ao vosso respectivo. Um "amo-te" poderá estar implícito, mas dito terá certamente outro impacto. Se puderem, tirem um dia para vocês de vez em quando para verem um filme, ir jantar fora ou fazer uma refeição mais "caprichada" em casa.  Já dizia o outro "são as pequenas coisas".

4- A alma-gémea, o melhor amigo, o confidente

Ainda no tópico da verbalização dos sentimentos, é muito importante que não se esqueçam que o casamento é um "trabalho" em conjunto: já dizia o padre "na alegria e na tristeza....". Se algo vos incomoda, digam-no. Ninguém é perfeito e, por muito piores que sejam os problemas do vizinho, os nossos "pequenos" problemas são nossos e merecem ser valorizados. Discutam maneiras de os ultrapassarem juntos, oiçam o outro, desabafem. Uma amizade e confiança sólida entre o casal faz com que haja fortes alicerces para se construir uma boa relação.

5- Acima de tudo...sejam felizes juntos!

A vida não é de facto cor-de-rosa. Partilhem os dias menos bons e os dias bons. A caminhada a dois ainda agora começou mas é das melhores fases que existe na vida de um indivíduo se for bem aproveitada e houver um esforço de ambas as partes para que funcione. É inspirar, abrir os braços... e abraçar o futuro!