Cá por casa tinha-se a péssima mania que era chegar à praia às 8 da manhã. Era acordar lá para as 6h, enfiar-me nos chinelos e lá íamos para a Figueirinha.
A justificação era que "de manhã tinha menos confusão e sabia melhor".
Sabia melhor o tanas! Passei até à altura da minha adolescência a ter de passar um frio descomunal na praia e a levar com areia na cara.
Escusado será dizer que, assim que passei a ter a opção de decidir se queria ir à praia ou não, deixei de ir. Ainda hoje, a muito custo, ponho os pés na praia, que, para mim, nunca está na perfeição.
Ou a areia está muito quente, ou está vento, ou a água está fria, ou "ai-jesus-que-não-me-apetece-ter-meio-mundo-a-olhar-para-os-meus-pelos-encravados". E com as sensações visuais e tácteis, não poderia deixar de escapar a aversão monumental que tenho ao cheiro do protector solar.
A sério.
Não há faneca, brócolos, que se comparem. Há quem ache extremamente sexy um sujeito a cheirar a "mar e a protector solar". Eu acho nojentinho. Mal o cheiro me chega ao nariz, lembro-me de um cruzamento entre a zona de Peixaria do Pingo Doce e o aterro sanitário cá do sítio.
Obviamente que, sendo branca que nem cal, não posso ir à praia sem protector.
Entretanto, meteram-me nas mãos esta beleza:
"Ai, sei que não gostas de praia...mas experimenta! Se não gostares depois dá-me a mim!"
E não é que o raio do protector, para além de não me deixar com o aspecto "langonhento" não cheira a protector? Aliás, resolveram usar o aroma de um perfume que me é bastante conhecido, o que facilita a habituação.
Estou a gostar bastante disto... digamos que já estou um passo mais próxima da praia este ano... Oh Boticário, obrigada por se lembrarem das pessoas que não gostam do cheiro a protector!
(Agora falta resolver os outros problemas, mas um passo de cada vez, um passo de cada vez....)