quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Alopécia Androgenética: um caso, factos e possíveis tratamentos

Olá a todas!

Esta semana, em vez de review, virá mais um post informativo.

Acontece que, chegado ao começo de uma nova estação, vem a tão afamada queda de cabelo. Sendo esta sazonal, o que se faz de normal é tentar minimizar os efeitos desta e reforçar o crescimento do novo cabelo que aí vem, com os itens que as minhas queridas colegas bloggers já fizeram questão de começar a postar.

E se a sua queda, apesar de ser acentuada nas mudanças de estação, for durante todo o ano?

Normalmente, uma pessoa perde normalmente cerca de 100 fios de cabelo por dia, quer seja no banho, na toalha, na almofada, a pentear... se por alguma razão notou que desde há algum tempo (vários meses) que o cabelo cai mais que o normal, este post é para si.

O cabelo é um dos símbolos de feminilidade da mulher. Há algumas décadas, o cabelo longo era sinónimo de pureza, enquanto que o cabelo curto era associado às mulheres com ideias feministas e as emancipadas.

De facto, ao longo destes anos, prestamos tanto e tão pouca atenção ao mesmo tempo ao nosso cabelo.

Aconteceu comigo. Tinha 15 anos, e um dia, para horror meu, ao tirar o elástico do meu cabelo, quase metade  da minha cabeleira veio atrás. Sim, não foi de um momento para o outro, eu própria já tinha reparado que me estava a caír cabelo... mas andava naquela indiferença de sei-que-cai-mas-depois-volta-a-crescer.

E por alguma razão, aquele elástico cheio de cabelos foi o despertar para me aperceber que alguma coisa não estava bem.

Fui ao médico e o diagnóstico foi difícil de obter: depois de 5 médicos opinando que eu deveria estar anoréctica (eu, do alto dos meus 1,70m de altura e 62kg), ou com depressão... até que finalmente houve um que deu  o diagnóstico com que estou a ser tratada agora: Alopécia Androgenética.

"Que palavrão" pensei eu. E é. Alopécia Androgenética, como o próprio nome indica, é uma doença de origem genética, que é extremamente comum nos homens (a vulga calvície masculina) e que nas mulheres é raro acontecer.

Os sinais da doença são os mesmos que no homem: queda de cabelo apenas na área das orelhas para cima do couro cabeludo (para quem quiser perspectivar, é tipo a careca do Sto. António).

Não me vou alongar porque razão isto acontece nem os mecanismos.  De apenas referir que está relacionado com a conversão de testosterona em dihidrotestosterona, que não é bem feita, sendo que estes parâmetros deverão ser os primeiros a ser analisados em caso de haver alguma suspeita que este seja o motivo.

Depois de diagnosticada a doença, foi-me indicado o tratamento: Minoxidil em loção. E tudo teria corrido às mil maravilhas,(a loção realmente fez-me efeito nos primeiros tempos), se eu não tivesse desenvolvido uma reacção alérgica fortíssima em relação à loção. Fui parar às urgências com a área de cima da cabeça extremamente dilatada, sem conseguir abrir os olhos.

E a partir daí, foi um saltitar de medicação em medicação: Finasterida (medicação esta, que não é compatível com gravidez), Aldosterona (que me fez perder 8Kg, por ser extremamente diurética)....

Ser sem em medicação, gasto cerca de 100€ mensais em loções e shampôs para tentar safar a "honra do convento": Vichy Ampolas, Folstim, Ecophane pó e Inneov comprimidos. Estes foram, dos que usei até agora, os que notei que pelo menos o cabelo estava ligeiramente mais forte.

Claro que isto pouco ou nada faz. É uma luta constante com loções na cabeça, efeitos secundários de comprimidos para ver um pêlito de rato a crescer no topo da cabeça.  E quando isso acontece, é uma festa.

Por isso, da próxima vez que vir o seu cabelo a caír mais do que o normal, não ignore. Marque consulta no médico, nem que seja para ficar mais descansada.

E quem o tem, que o estime. Que não diga que odeia o cabelo que tem e que preferiria ficar careca, porque nunca se sabe o futuro que se tem.

Beijinho*


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Segunda imagem

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